1) O presidente do Fed anunciou quarta feira que pretende comprar 276 bilhões de titulos publicos americanos de longo prazo. Vai se financiar vendendo titulos de curto prazo no mesmo valor. Explique como esta operação pode produzir incentivos para a expansão da economia americana.
2) Suponha que a zona do euro sofra pressões inflacionarias. Qual seria o efeito sobre as economias da região?
3) Suponha que os sindicatos americanos conseguissem negociar aumento de 30% nos salarios nominais. Como isto afeta o nivel de emprego ?
4) As autoridades bancarias europeias decidiram aumentar significativamente o nivel de capital exigido como garantia das operações de emprestimo. Antes, para cada euro emprestado bancos deveriam ter 11% de capital proprio. Agora, esta exigencia passou para 22%. Como a decisão afeta a economia europeia? Como os bancos poderiam contornar esta limitação?
5) O preço do dólar subiu de 1,80 para 2,00 reais. Entretanto, a inflação não aumentou. Comente.
6) O governo está discutindo duas propostas de mudança na politica economica. A primeira propõe aumento significativo do salario minimo . A segunda é manter o salario minimo constante e aumentar a taxa cambial através de compras de dolar pelo Banco Central. Quais seriam as consequencias das duas alternativas sobre o nivel de emprego, o balanço comercial , as reservas .
7) Os consultores monetaristas do Banco Central estão propondo aumentar o prazo da divida publica do governo atraves da compra de titulos curtos e venda de titulos longos em 2013. Os consultores dinossauros propoem exatamente o contrario-- venda de titulos curtos e compra de titulos de longo prazo. Como se explicam as divergencias destas duas opiniões?
moeda e bancos
quinta-feira, 21 de junho de 2012
domingo, 3 de junho de 2012
Artigo sobre a Grecia de Luiz Carlos Mendonça de Barros
21/05/2012 ÀS 00H00
Euro: com o povo ou sem o povo?
Por Luiz Carlos Mendonça de Barros
Uma das coisas que aprendi foi entender a diferença entre pensar a economia de um país com o povo e sem ele. Esta é uma das fontes mais importantes das falhas analíticas em tempos de crise, como vive hoje a chamada zona do euro. Digo isso ao leitor do Valor por experiência própria e não apenas por avaliar erros de terceiros. A crise na Europa é um caso clássico desse conflito quando o povo, via eleições, entra na equação da economia. Certamente por isso, ela está sendo tão longa e dramática e a definição de um caminho de saída, tão difícil.
Uma das características mais importantes da experiência do euro foi a construção de um sistema monetário simples em sua lógica - o câmbio fixo - e que parecia fazer sentido nos momentos eufóricos de sua criação em 1999. O câmbio fixo pode assumir várias formas, fracas ou fortes. As mais fortes são: o chamado Currency Board - quando uma moeda é lastreada em ouro ou em outra moeda com credibilidade - e a união monetária. Nesta, há um compromisso legal e, em tese, irrevogável, de partilha de uma mesma moeda e a adoção de uma política monetária comum, via um Banco Central único.
A união monetária sob o euro iniciou-se com a fixação da paridade entre as moedas nacionais em termos do ECU (a unidade cambial europeia), e que em seguida foi convertida no euro, na razão de 1 para 1. As taxas de conversão para o ECU foram fixadas a partir de estudos e recomendações da Comissão Europeia e, em tese, refletiam o poder de compra relativo entre as moedas naquele momento. Por exemplo, quando o euro foi criado o marco alemão valia nos mercados de câmbio o equivalente a 1,96 por ECU, o franco francês 6,56 e a lira italiana 1.936. No caso da Grécia, cuja paridade foi fixada dois anos depois, a relação era de 340,75 dracmas por ECU.
Não vejo outra saída para a Europa, se não um redesenho da região, com a redução do numero de países.
Nos anos que se seguiram, cada uma dessas economias trilhou seus caminhos junto com seus povos, mas a relação com o euro não mudou. Se a moeda alemã ainda existisse hoje, operadores do mercado avaliam que sua paridade com o dólar deveria estar próxima a 80 centavos de marco. Para os alemães, seria uma valorização de quase 40% em relação ao patamar atual do euro.
Como seria a eficiente e forte economia alemã com uma taxa de câmbio a 80 centavos por dólar americano? Como sobreviveria sua indústria, que tem nas exportações sua grande fonte de vigor e eficiência? Essas observações permitem avaliar o enorme benefício que o euro, com sua banda de países de economia mais fracas, representa para os países de economias mais fortes como Alemanha, Holanda e, por que não, a França.
O outro lado da mesma moeda é o impacto que o euro, com sua parcela importante do marco alemão, têm sobre a economia grega. Certamente o valor implícito da dracma no mercado de hoje seria pelo menos equivalente à potencial valorização do marco alemão, com o sinal trocado. Sendo isso verdade, o "euro grego" ou o "novo dracma", se existisse, deveria valer hoje algo como duas unidades por dólar.
Esse é o maior problema associado à moeda única e que foi levantado por vários técnicos e políticos quando da criação do euro. Trata-se, na sua essência econômica, de um problema de competitividade e de desequilíbrio no balanço de pagamentos dos membros mais fracos. Na sua vertente política, esse problema se transforma em conflitos redistributivos e qualidade de vida ao longo do tempo. A longa história do chamado padrão ouro e dos regimes de câmbio fixo é riquíssima em exemplos de como eles tendem a acabar mal. O que estamos vendo hoje na Europa é certamente um caso limite, dada a complexidade das diferenças das economias e nações envolvidas.
Nas eleições na Grécia em junho dificilmente esse tipo de argumento será utilizado pela sua complexidade e dificuldade de ser explicitado, mas do ponto de vista econômico ele é real e conhecido por muitos. Certamente as mensagens políticas na campanha eleitoral vão ser mais simples e dramáticas por razões óbvias e o essencial será deixado de lado.
Pessoalmente não vejo outra saída, para a Europa, senão um redesenho da zona do euro, com a redução do número de países que o adotam como sua moeda nacional. Para os outros, um processo organizado de saída, com um programa complexo e abrangente de transição, precisa ser enfrentado. Afinal existem países na Europa que pertencem ao projeto político e mantêm suas moedas nacionais como a Suécia por exemplo.
Não me perguntem como fazer essa separação, pois não me sinto preparado para responder essa questão. Mas com tempo e uma decisão política clara não tenho duvidas que a Europa encontrará os mecanismos para que a correção de rumo funcione e devolva à região um clima de normalidade econômica, política e social. Talvez esse passo definitivo na Europa não possa ser tomado agora pois os mercados estão à beira de um ataque de nervos e ainda não existe sequer um consenso entre as lideranças europeias de que este é o único caminho viável.
Com o tempo os europeus vão se convencer que as lições de outras experiências e o drama dos últimos anos em seus próprios domínios não permite outra solução.
Luiz Carlos Mendonça de Barros, engenheiro e economista, é diretor-estrategista da Quest Investimentos. Foi presidente do BNDES e ministro das Comunicações. Escreve mensalmente às segundas.
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domingo, 13 de maio de 2012
Aula 15 A Grande Depressão
Eichengreen ,Golden Fetters,
Resumo da Introdução .
1) O sistema
capitalista sofreu uma crise neurológica. O great crash de 1929 foi seguida por
colapos de finstituições financeiros e implosão na atividade financeira. A
redução subsequente do nivel de atividade foi chamada de a Grande Depressão. A
grande catástrofe econômica dos tempos modernos.
2) Fenômeno global.
Apesar de impressão de ser fenomeno americano, a grande depressão foi severa
porque afetou muitos países ao mesmo tempo.Tôdas enfrentaram dificuldades
financeiras e muitas experimentara crises financeiras.Tem sentido, portanto,
procurar a chave do quebra cabeça da Depressão nas insituições que ligam os
mercados financeiros de diferentes paises.
3) Aqui entre ao
padrão ouro.Por mais de um quarto de século antes da I grande guerra o padrão ouro era estrutura das relações
monetárias internacionais e domésticas. As moedas eram conversíveis em ouro e
ligadas internacionalmente por taxas fixas de câmbio. Embarques de ouro eram a
último recurso para liquidar (settle) balanços de pagamentos. Foi mecanismo
extremamente eficiente . Nenhuma crise financeira semelhante a de 29 havia
disrupted o sistema financeiro e nenhuma depressão igual a dos anos 30 em
termos de produção e emprego havia ocorrido.
4) Os elementos centrais
deste sistema foram destruidos com o começo da grande guerra. Mais do que uma
decada foi necessaria para completar a reconstrução. Logo ficou evidente, que o
sistema do padrão ouro reconstruido depois da guerra era menos capaz de
recuperação ou elástico do que o seu predecessor.Logo em 1929 o sistema começa
a desmoronar ( se esmigalhar, crumble). Inflações elevadas forçaram paises produtores de commodities
primarias a suspender a conversibilidade. Problemas de pagamento se espalharam
em seguida para os países industrializados. No verão de 31 Austria e Alemanha
sofreram crises de pânico bancário e impusream controles de cambio, suspendendo
a convertibilidade. Grã Bretanha, junto
com os Estados Unidos e a França , pais do centro do sistema financeiro internacional
abandona o padrão ouro no outono de 31.Os Estados Unidos em 1933. França ficou
até o amargo fim em 1936.
5) Geralmente,
afirma-se que o colapso do sistema financeiro internacional foi o culpado por
transformar uma crise modesta e doméstica em uma depressão sem precedentes. Se
o padrão ouro tivesse se mantido, a crise seria mais uma crise cíclica. Mas o
colpaso do sistema do padrão ouro levou a desconfiança no sistema financeiro,
gerando fuga de capitais e insolvência no sistema financeiro.A crise pulou de
país em país ,levando para baixo o nível de atividade .A remoção do padrão ouro
agravou a crise, diz este tipo de argumento. A remoção do padrã ouro engendrou
políticas protecionistas e de desvalorização cambial competitiva que
intensificaam a crise .
6) O padrão ouro
convencionamente descrito como sinonimo de estabilidade financeira. A mensagem
central deste livro é precisamente o oposto. O padrão ouro era a principal
ameaça a estabiidade financeira e a prosperidade econômica durante os anos
entre as duas guerras.
7) Para entender por
que: primeiro, entender porque o sistema de padrão ouro funcionou tão bem antes
da Primeira Guerra e tão mal depois. Depois, analisar conexões entre padrão
ouro e a Grande Depressão.Finalmente, mostrar como a remoção do padrão
ouroestabeleceu pré condições para a recuperação .Estas, as tres tarefas do
livro.
Como o padrão ouro
funcionava.
1) Existe
considerável consenso para explicar funcionamento tão bom antes da I Grande
Guerra e tão ruim depois. Explicação dominante- Charles Kindleberger, que
atribue bom funcionamento ao bom
gerenciamento do sistema pela Inglaterra , membro líder da economia mundial
antes da Guerra. A Grã Bretanha e o Banco da Inglatera ,diz-se ,estavam sempre
dispostos a aumentar os empréstimos externos quando o nível de atividade se
reduzia, reduzindo a amplitude dos ciclos. Teria funcionado como emprestador de
última instância .Depois da I Grande Guerra , a Grã Bretanha estava muito fraca
para continuar executando esta missão . Teoria da estabilidade hegemonica.
2) Capítulo 2
desafia este argumento.Não havia hegemonia no periodo anterior a Guerra. Nem
umpaís isolado administrava o sistema
financeiro internacional. O sistema de padrão ouro era decentralizado e
multipolar. Sua operação suave não pode ser atribuida a intervenções
estabilizadoreas da potência dominante.
3) A estabilidade do
sistema de padrão ouro era devida, antes, a dois fatores: credibilidade e
cooperação. Credibilidade- confiança do público no compromisso do governo com
uma determinad apolítica. Derivava da prioridade atribuida ao equilíbriono
balanço de pagamentos.Inglaterra, França e Alemanha tomariam qualquer medida
que fosse necessária para garantir a conversibilidade , defender as reservas de
ouro do banco central,.Se aposição de um destes bancos se tornasse mais
fraca, haveria momvimentos de recursos
financeiros do exterior em antecipação dos ganhos de capital que seriam obtidos
quando as autoridades tomassem as medidas necessárias para reequilibrar as
reservas. Movimentos de capital eram estabilizadores´por que havia
credibilidade no compromisso oficial de manutenção da conversiblidade em ouro.
4) Por que havia
credibilidade no compromisso de conversibilidade? a-pouca consciência de que politicas de
equilibrio externo eram inconsistente com equilibrio e prosperidade internas. O
desemprego apareceu como um problema social e economico só no final do século
XIX.Na Inglaterra Vitoriana, desemprego- pauperismo, vagrancy e destittution.
Nos Estados Unidos, sem trabalho, ociosos ou preguições mas raramente
desempregados. Na França e Suecia, vagrancey e vagabondism. Desemprego tido
como problema individual.sem compreensão de como estava associado ao trade
cycle.
5) Mesmo
observadores que ligavam desemprego ao ciclo, raramente relacionavam ciclo a
polític monetária ou taxas de juros. Não havia teoria bem articulada sobre com
política do BC afetava a economia. Aqueles que faziam a relação, como
Hawtrey, argumentavam que política
monetária ampliava amplitude do ciclo. Ao invés de advogar política monetária
ativa, advogavam política passiva e previsível.
6) Classe
trabalhadora , com pouco poder político, incapaz de desafiar estado de
negócios. Sindicatos ainda limitados em muitos paises. Partidos de
trabalhadores mesmo quando exisitam tinham influência limitada. Pressões
políticas domésticas não ameaçavam a credibilidade do compromisso com o ouro.
7) Argumento não
deve ser exagerado. Na primeria década do século XX desemprego era questão
social proeminente. A difusão do sindicalismo e do sindicatos havia aumentado a
influência dos trabalhadores. Havia um consenso crescente que as taxas altas de juros desencorajavam
investimentos e deprimiam o comércio. Banqueiros centrais não eram insensíveis.
Mas mesmo assim, tendo que escolher entre objetivos externos e internos , não
hesitavam.
8) Policymakers não
acreditavam que deficits públicos ou gastos maiores pudessem ser usados para estabilizar a
economia. Mantinham orçamentos equilibrados e quedas de receitas geravam
reduções de gastos. Nunca precisavam controlar deficits públicos para evitar
saida de ouro, pois deficits públicos não existiam.Carga tributária estabelecia
por normas estáveis.- tarifas de importaçõao, impostos sobre a renda ou
atividade doméstica eram pouco frequentes e não importantes e dificieis de
cobrar. Tarifas de importação geralmente pagas por compradores de bens
importados, geralmente assalariados com pouco poder político. Necessidade de
reduzir deficits não levava a problema político sobre quem deve pagar. O
governo podia prometer dirigir política fiscal e monetária em funçaõ do balanço
de pagamentos.
9) Assim-
constelação particular de poder político , reforçado por instituições políticas
e uma visão particular do funcionamento da economia eram o fundamento do padrão
ouro clássico. Eram a base da creditibildiade do sistema.
10)
Mas, em útlima palavra, a credibilidade do sistema
dependia da cooperação internacional. Quando o movimento de capitais
estabilizador e a intervenção doméstica eram impotentes para acomodar o
desequlíbrio, o sistema era estabilizado pela cooperação internacional entre
governos e bancos centrais. Problemas menores eram reseolvidos por cooperação
tácita. Em casos maiores, que requeriam um afrouxamento geral de crédito, o
ajustamento era feito simultanemante por diferentes bancos centrais.Ações
unilaterais eram arriscadas. Se um bc reduzisse a taxa de juros isoladamente e
outros não fizessem corria o risco de perder ouro e ser obrigado a voltar
atrás. A coordenação nestes casos era do Banco da Inglaterra . O Banco da
Inglterra consituia o ponto focal para a harmonização da política monetária do
sdiferentes paises.
11)
Crises maiores entretanto requeriam diferentes
respostas de diferentes bancos centrais.O país perdendo ouro deveria aumentar
juros para atrair recursos de outros paises, e outros bancos centrais deveriam
reduzir as taxas para que movimento
pudesse ocorrer mais efetivamente. A política de siga o chefe não
funcionava nestes casos. Havia, nestes
casos, cooperação aberta e consciente entre bancos centrais e governos.
12)
Assimn, o que tornava o padrão ouro crível não era
apenas o compromisso nacional de conversibilidade, mas a credibilidade e o
compromisso de todos os paises envolvidos.
13)
A cooperação é diferente da idéia convencional que
enfatiza o papel do Banco da Inglaterra. A diferença não precisa ser
superdimensionada. Em periodos de tranquilidade, o Banco da INglaterra tinha
uma liderança reconhecida tacitamente por outros bancos centrais. Em tempos de
crise, esta lidernaça era insuficiente para resolver a crise. Durante as crises
maiores particularmente 1890 e 1907 o Banco da INglaterra, ao invés de líder,
era ele proprio, refem da cooperação internacional, e ao invés de emprestador
de ultima instancia era um tomador de empréstimo de úlitma instancia.
14)
Na década
antecedendo a I Grande Guerra, cooperação internacional era cada vez
mais frequente e regular. A liderança do Banco da Inglaterra era desafiada e a
cooperação, mais importante.
15)
Os dois eixos (lihcpins) –credibilidade e
cooperação- que prevaleceram anters da Guerra, foram erodidos depois da Guerra.
Credibilidade foi desafiada por conjunto de mudanças políticas e econômicas que
estraçalharam (shattered) a constelação particular de poder plíticos que
permitiam política anterior a 1913. Para conseguir tranquilidade na area trabalhaista,
durante a Guerra, governos incentivaram o sindicalismo. Questões que estavam
fora da arena poítica anteriormente, como fixação de salários e emprego, se
tornaram politizadas. Aumento da sindicalização e crescimento dos partidos
polítcos dominados por trabalhadores intensificaram as pressões para adaptar as
politicas a metas de emrpego. Quando havia conflitoe entre equilibrio interno e
externo, não estava mais claro quem venceria. A duvida sombreou a credibilidade
do padrão ouro.Os fluxos de capital deixaram de ser estabilizadores. Ao
contrário, passaram a ser desestabilizadores. A ersosão da credibilidade
transformou o sistema vulnerável a choques desestabilizadores.
16)
As decisões dos bancos centrais passaram a ser
“moídas no moinho político”. Criticadas a esquerda, por aumentarem o desemprego
e a direita, por atenderem as massas. A insulação dos bancos centrais foi
perdida.
17)
Quando a independência dos bancos centrais foi
perdida, apareceram inflações explosivas. Incapazes de controlar o orçamento
fiscal, a oferta de meios de pagamentos aumentava. Em alguns países, os
episódios inflacionários e as crises duraram até 1926. As lições do periodo
ilharam os bancos centrais da França, Alemanha e outros paises. Os novos
estatutos impediam que os bancos centrais cooperassem. Os novos estatutos
destinados a aumentar a credigilidade do padrão ouro acabaram por ter o efeito
pervesrso de impedir a cooperação.
18)
A política fiscal tinha menos proteção ainda que os
bancos centrais. A guerra desmoronou o entendimento sobre a distribuição da
carga tributária que existia antes de 1913. O nível e a composição da carga
tributáira se alteraram radicalmente. Grandes redistribuições de renda. Guerra
fiscal de atrito entre todos os contribuintes. Cada facção tinha a esperança de
que a outra cederia. Mesmo onde os BCs despolitizados, a política fiscal era politizada. Ausencia de consenso sobre a
distribuição de carga fiscal acabaava com a garantia de que os impostos
poderiam ser usados para defender o equlibrio fiscal e o padrão ouro. A vítima
foi a credibilidade.
19)
O tema deste livro- a conexão entre política e
economia internacional. Padrão ouro sistema político e economico.A estabilidade
do padrão ouro dependia de constelação particular politica e econômica. A
instabilidade depois da guerra é atribuida também a nova constelação política e
econômica. A política entra em dois níveis:
primeiro, pressão política interna influencia escolha de politicas
economicas internacionais; segundo, pressões pooliticas internas influenciam a
credibilidade do compromisso do governo com políticas econômicas.
20)
Com a erosão da credibilidade, cooperação
internacional mais importante do que antes. Mas a cooperação mais dificil:
restrições políticas internas disputas políticas internacionais e estruturas
conceituais diferentes entre os países. Interesses políticos domésticos
conseguiam postergar ajustamentos na politica economica que ajudariam a
cooperação internacional. A disputa internacional sobre pagamentos de reparação
e dividas de guerraa sombra escura sobre todas as negociações internacionais.
Conceituações diferentes, estruturas conceituais diferentes impediam governos
de chegar a compreensão comum dos problemas e muito mais, a uma solução.
21)
A natureza das estruturas conceituais pode ser
explicada em termo da experiência histórica das diferentes nações. Dioferntes
experiencias com inflação criava diferentes visões sobre as conexoes entre
finanças, e o papel da política monetária. França que soferu inflação
persistente acrditava que politica monetária discricionaria era causa de
inflação . Inglaterra que tinha evitado inflação e restaurara a paridade cambial de antes da
guerrra, reconhecia a importancia da cooperação internacional e da intervenção.
Aos olhos franceses, credito excessivo e a violãção do padrão ouro eram
responsaveis pelo colapso economico e financeiro pós 29. Para os isngleses, a
falta de liquidez internacional resultante da aderencia irrestrita as regras do
padrão ouro eram responsáveis pela crise. Não havia cooperação possivel .
22)
As divisões conceiturais não eram apeans entre
paises. Grupos políticos internos eram igualmente importantes. Nos Estados
Unidos que estabeleceram finalmente um banco centyral em 1914, os banqueiros de
Nova York tinham percepção mais adequada das finanças internacionais do que os
colegas de Washington. Disputas entre Washingont e Nova York tornaram a
instituição imprevisível. Até o Banking Act de 1935 que consolidou o poder ,
havia excessiva influencia dos banqueiros domésticos sem experiencia ou
simpaita por questoes financeirass internacionais. A chegada dos novos
participantes acabou com a clubby atmosphere de cooperação entre banaqueiros
centrias.
23)
Um encontro formal entre os participantes poderia
ter ajudado. Nos anos 20, foram propostas a criação de instituições
internacionais tão importantes quanto as de Bretton Woods em 1944. Mas o BIS
criado apos conferencias de Bruxelas em 1920 e de Genova em 1922 não foi
importatne. As responsabilidades internacionais do Bis focalizaram os
pagamentos de reparação da Alemanha. Mas os Estados Unidos não puderam tomar
parte por causa das relações entre dividas de guerra que tinhamn a receber e os
pagametnos de reparação alemães.
24)
Ainda seria possível que os banqueiros centrais se
reunissem informalmente e consultasse. Mas as disputas internacionais impediam
acordos locais como as tentatias de garantir um emprestimo para Alemanha e
Áustria em 1931. O emprestimo para Áustria falhou por causa da insistencia
francesa para que a Austria abrisse mão da uniao aduaneira com a alemanha. O
empréstimo para a Alemanha falhou por causa das disputas sobre os pagamentos de
reparação alemães. Além disto, restrições políticas internas.
25)
O argumento portanto é que a credibilidade e a
cooperação foram centrais para a operação suave do padrão ouro.E ambos eram
impossíveis depois da Primeira Guerra. A instaibilidade do padrão ouro era
inevitável depois da guerra.
As Causas da Grande
Depressão.
1) Dada a
instabilidade criada pelo padrão ouro no periodo entre guerras, falta explicar
como o padrão ouro leva a grande depressão.Esta ligação leva amudanças de
balanços de pagamento herdadas da primeira grande guerra. A guerra fortaleceu o
balanço de pagamentos dos EUA e enfraqueceu o as outras nações. Nos mid 20s, o
equilibrio do balanço de pagamento da outras nações era tênue e mantido graças
a fluxos de capital dos Estados Unidos. Se os empréstimos americanos fossem
interrompidos, a fragilidade destes equilibrios se reveleava. Conforme perdiam
ouro e reservas em moeda estrangeira, a conversibilidade das suas moedas era
ameaçacada. Os bancos centrais então
estariam forçados a cortar crédito doméstico, cortes de gastos públicos e
levavam a economia a recessão.
2) É o que aconteceu
no outono de 28 quando o Fed adotou politica monetária restritiva. Por azar, o
corte monetário dos Estados unidos coincidiu com maciço movimento de ouro para
a França onde a política monetária era restritiva por outras razões. Assim, EUA
e França drenaram ouro de outras partes do mundo. Grande contração monetária
nos outros paises. Acompanhada de restrições de política fiscal em partes da
Europa e da América Latina. Mudanças de política nos Estados Unidos e nos
outros países coincidiram e criaram o palco para a queda de 29.
3) Estas explicações
não aparecem na literatura.
4) Para entender,
analisamos efeitos econômicos da Primeira Guerra. A guerra fortaleceu a posição
competitiva dos Estados Unidos na industria. Setor agricola americano,
extremamente produtivo. Resultado: balanço de pagamentos americano acumulava
grandes superaits. Fluxo de capital reforçava esta tendência.Depois da Guerra,
pagamentos de dividas vinham da Alemanha para os Aliados e dos Aliados para os
Estados Unidos. Seriam necessários empréstimos dos Estados Unidos para a Europa
Central para recilar estes fluxos . A América
Latina precisava de emprestimos para compensar a queda dos preços dos produtos
primários. e o hemisfério ocidental precisava de emprétimos de reconstruçao pos
guerra.
5) No começo, o
processo funcionou suavemente. Emprestimos generosos dos Estados Unidos . A
Alemanha e novas nações da Europa Oriental
receberam emprestimos americanos que possibilitou combater hiperinflação
em compenssação pela adoção de medidas de austeridade fiscal. Hiper acaba sem
grandes recessões. Emprestimos para a Inglaterra permitiram o restabelecimento
da paridade préguerra a custos reduzidos. Tudo facilitado pela politica
monetária americana generosoa e a juros baixos. A expansão do crédito domestico
americano evitava compras maciças de ouro pelos Estados Unidos.
6) A política monetária
acomodaticia dos anos 24-27 não é vista, em geral, com bons olhos, pois deu
incio o boom de Wall Street criando o cenário para o crash de 29 que iniciaria a Depressão.Não há evidencia,
entretanto, de que a politica monetária é responsável pelo boom da bolsa da
epoca. Mais provável o contrário- que o boom da bolsa expandiu a política
monetária. A partir de 28 Federal Reserve se preocupa com a orgia especulativa
da bolsa e começa a apertar a política monetária.
7) Juros americanos
crescentes cortam empréstimos americanos externos. Efeitos no verão de 28.
Conforme emprestimos se reduziam, políticas monetárias restritivas eram
adotadas para defender paridade do ouro
e pagamentos da divida. Muitas vezes, as mais draconianas medidas não eram
suficientes e devedores eram obrigados a abandonar o padrão ouro.
8) Serviço da divida
era mantido na esperança de acesso posterior ao mercado financeiro
internacional. Mas a queda da bolsa foi seguida pela grande depresão.Comércio
internacional implodiu. Protecionismo nos Estados Unidos e em outros países
agrava problema dos paises da Americ Latina. Default na America Latina em 31,
na Europa Central em 32, na Alemanha em 33. Grande decepção para credores. Para
a Inglaterra que dependia de rendas do exterior, default agrava problemas de
balanço de pagamentos criando a crise do libra esterlina em 31.
9) Inicio da queda
do nivel de atividade nos Eua é uma especie de misterio, deux ex machina. Não
há consenso sobre causas. Aperto da política monetária em 28-29 paree modesto
para explicar queda do GNP de 29 e 30 a uma taxa duas vezes mais rapida do que
a tipica para inicios de recessão. Desequilibrios estruturais na industria
americana- queda na venda de automóveis? Impacto da perda de riqueza pela queda
da Bolsa?
10)
Debate sobre origens do Crash sem resolução.Não é
surpresa- pois analise se concentra nos fatores internos da economia americana.
Não é possível explicar sem levar emconta ligação com outras economias do
mundo. A virada americana em 1929 já era
evidente antes em outros países do mujndo. As exportações americanas começaram
a cair antes da produção industrial. Não havia a alternativa para industria de
desviar produção para exportaçõees. Por isto virada foi tão severa.
11)
Portanto, a virada debilitante de 29-30 não
resultava apenas de uma mudança interna da politica americana mas de uma
politica restritiva no mundo inteiro. Politica economica ligada no mundo
inteiro pelo sistema do padrão ouro. Mudança nos Estados Unidos gera muidança
no mundo inteiro por causa do tremendo impacto nos balanços de pagamentos.
Autoridades fiscais tinham que entricheirar-se para cortar gastos domesticos e
limitar a demanda de importações.
12)
Os policy makers americanos, por outro lado, não
tinham que reagir a melhoria do balanço de pagamentos soltando as redeas.
Enauqnato o boom da bolsa continuava , o Fed aumentava taxas de juros ao inves
de reduzilas.Assim, os aumentos de juros nos outros países precisavam ser
reinforçados para compensar o aumento americano. A assimetria do sistema de
padrão ouro era a ultima coisa necessária no periodo 28 29.,
13)
Talvez salários e outros custos podeiam cair para
compensar a redução da oferta de meios de pagamntos. Fizeram isto apenas
modestamente. Rigidez das hipotecas fixadas com juros nominais, rigidez dos
alugueis fixados nominalmente, bonds pagavam juros nominalmente fixos . Sem
mecanismo de coordenação, nenhum preço nominmal caia.
14)
Nada disto explica por que os governosforam tao
lentos para reagir a grande depressão.Se salários não caiam politica monetaria
poderia ter expandido. Se consumo não aumentava, gastos públicos poderiam ser
aumentados. Mas politica monetária e fiscal continuava limitada pelo padrão
ouro. A politica fiscal era contracionista e reduziu gasto publico.A politica
acentuou o declínio da demanda.
15)
Resposta perversa mas não paradoxal. Não havia outra
coisa a fazer dado o compromisso com o ouro. Politica monetaria expansionista
teria tornado as moedas inconversiveis. Enquanto não desvaloirzassem a moeda
politicas expansionistas eram obrigadas a voltar atrás. A Inglaterra aprendeu
isto em 1930, os Estados Unidos em 31-33, a Belgica em 34 e a França em 34-35.
Mesmo os paises lideres nas reservas de ouro eram cosntrangidos pela regra do
padrão ouro.
16)
O dilema era se o sacrificio pelo padrão ouro para
reflacionar a economia ou forçar todas
as medidas que eestabilizassem o padrão ouro e estabilizssem a economia. Para
isto, era necessária cooperação internacinal
Se todos expandissem , poderiam salvar o padrão ouro.Sob o padrão ouro,
reinflação requeria cooperação internacional.
17)
A lição foi aprendida da forma mais dificil.
Pressões politicas exigiam politicas de reinflação. O padrão ouro era ameaçado
. Caso da França sob Flandin e Laval em 34-35. Nos Estados Unidos, opern market
expansionista levaram aperda de reservas
na pimavera e noverao de 32. O problema não era a falta de liderança dos EUA
mas a falta de cooperação.
18)
Oportunidade de cooperação- Conferencia Economica em Londres em 33. A
qiestão das dívidas de guierra, ainda iressolvidas, complicavam as negociações.
Interesses minoritários bloqueavam as negociações. Policymnakers tinham
diagnósticos diferentes da situação. Ingleses percebiam a recessão como
resultado de taxas de juros muito altas desde 1925. Os franceses que haviam
passado por inflações de dois digitos em 1926 acusavam a depressao como
resultado de politicas expansionsitas. Os americanos pareciam com os franceses
enquanto Herbert Hoover era presidente e até FDR virar presidente. Não havia
forma de chegar a consenso e coordenar politicas de difernees paises.
19)
Até agora, temos explicação para o impulso
desestabilizador e sua propagação.
20)
Mas o que ampliou o efeito desestabilizador?
Instabilidade financeira começando na setgunda metade de 30. Falencias
bancaraias e caos que levaram a liquidação de depositos bancários .
21)
Esta resposta gera outra questão. Por que policy
makers não agiram para evitar o colapso do sistema financeiro ? Porque o padrão
ouro criava barreiras intransponíveis para ação unilateral. Injetar liquidez
acabaria com as reservas do pais. Defesa da conversibilidade obrigava autoridades a não fazer nada para salvar o sistema
bancarios como o FRB tentou em 31 e no começo de 33.
22)
Mesmo quando arriscavam a conversibilidade para
intervir como emprestadores de ultima instancia, o funcionamento do padrão ouro
tornava suas inciativas contraprodutivas. O risco da inconversibilidade fazia com que investidores corressem para
tirar o dinheiro do pais. Liquidez adicionada desparecia em depositos que
fugiam para o exterior.
23)
Estas ligações desestabilizadoras entre o sistema
financeiro nacional e internacional era maior quando depositos estrangeiros
eram mais importante. Caso da Europa era este. Bancos alemaes mantinham
depositos em Vioena. Bancos austriacos tinham depositos na Alemanha. Conta de
capital do balanço de pagamentos logo se tornava instavel. Antecdipação de
desvalorizações cambiais levavam a
conversão de depositos em ouro. Simultaneidade de panicos bancários e
conversisbilidade eram sitemáticas e não coincidentes apenas.
24)
Alemanha é bom exemplo. Reichsbank obrigado a manter
cobertura de ouro de 40%. A taxa de cobertura
era baixa devidoa fraqueza da balança alemã. A crise na Áustria
foi a palha que quebrou as costas do camelo. Depositos alemaes na Austria
congelados, a crise se espalhou pela Hungria e outros paises da Europa Central.
Cobertura caiu logo para minimo legal. Credores do pagamento de reparação escreveram em 1930 no Tratado de Hague Haia
cláusulas exigindo que a Alemanha pedisse permissão para o BIS e para o
Tribunal Arbitral do Plano Young antes de mudar a lei do padrão ouro..O
Reichsbank foi obrigado a recuar e esperar que a crise bancária seguisse seu
curso.
25)
Forças analogas nos Estados Unidos em 33 e na
Belgica em 34 para citar dois exemplos. Paises fora do padrão ouro como Dinamarca
e Suecia que deixaram o padrão ouro em 31 tinham liberdade para agir.O padrão
ouro não era garantia de estabilidade, mas, ao contrario, o maior impecilho
para a sua manutenção.( bulwark- muralha)
26)
Uma vez mais, o dilema requeria cooperação internacional.
Credito itnernacional poderia ter evitado crises. Maior a demora para agir,
maior o credito necessário. O emprestimo pedido pelo Reichsbank em 31 teria
exaurido as reservas de ouro americanas. Podeioa ter sido oferecido por vários
paises. Mas- pagamentos de reparação, disputas, e desacordos doutrinários
impediam a cooperação.
27)
A estrutura especial do padrão ouro do entreguerras
aumentava a vulnerabilidade do sistema. O sistema de entreguerras admitia reservas em muitas moedas. Bancos
centrais eram autoridados a manter, em adição ao ouro, uma porção das reservas
em moedas conversivies. Mantinham resrvas em ouro, dolar, francos, e libras.
Qualquer mudança naestas moedas gerava rapidas mudanças na composição das
reservas dos bancos centrais.
28)
Suplmentar o ouro com moedas conversiveis não era
inovação recente. Mas a pratica havia se generelizado e se expandido.
29)
Ameaças ao padrao ouro que se reinforçavam é a
metodologia deste livro.
O fim do padrão ouro e o fim
da Depressão.
1) Se o padrão ouro
complicou a depressão, o fim do padrão ouro ajudou? Consenso atual –
desvalorização decorremte do fim do padrão ouro não conseguiu melhorar as
condições e exacerbou a depressão. Nada mais contrario a evidência. Onde houve
desvalorização , houve estimulo a recuperação;
2) Vantagem da
desvalorização- libertou politica monetária e fiscal. Não era mais necessário
cortar gastos publicos . “Ha poucos ingleses que não se regojizaram com o fim
dos grilhões de ouro” disse Keynes quando a Inglaterra foi obrigada a
desvalorizar em 1931.
3) Não era apenas
padrão ouro como instituição que era obstáculo a recuperação da economia. mas
também o padrão ouro como ethos. Abandonar o padrão ouro era necessário
mas não suficiente. Um pais poderia abandonar o padrão ouro e não abandonar a
ortodoxia financeira. Somente quando os principios da ortodoxia financeira eram
abandonados havia recuperação.
4) Na Belgica,
abandono do padrão ouro permitiu expandir credito domestico e gastos
domesticos. Produção e emprego responderam rapidamente a demanda. Como expansão
de credito aumentou preços domesticos, desvalorização não causou mudança na
taxa de cambio real. Houve pouca aumento de competitivdade internacinal.
5) Na
Tchecoslováquia, depreciaçãonão levou a criação de credito domestico.
Exportações aumentaram . Expansão das exportações levou fortalecimento do
balanço de pagamentos importação de ouro e expansão do crédito domestico.
Produção e emprego crescerma mais lentamente. Inglaterra, entre estes dois
casos extremos. França desvalorizou e cortou credito domestico que
neutralizaram beneficio da desvalorização.
6) Maior parte dos
paises mais rapidos em desvalorizar do que em abandonar o ethos do padrão ouro.
Passavam seis meses antes que desvalorização levasse a expansão do credito
domestico. O intervalo era necessário para convencer o publico que abandono do
padrão ouro não elvava a inflação.
7) Assim, a failure
na adoção de politicas expansionistas e não a depreciação foram responsáveis
por recuperação lenta. A enfase nos efeitos saudaveis da desvalorização é muito
diferente da avaliação negativa que a literatura faz. Outros autores enfatizam
a politica de beggar thy neighbor. Estes efeitos existiram. A magnitude
destes efeitos depende da politicas expansionistas adotadas ou não
conjuntamente com desvalorização.
8) Paises que
sofreram mais, sofreram mais por conta propria. Poderiam ter escolhido
desvalorizar e reinflacionar. Na ausencia do padrão ouro, a cooperação
internacinla não era mais necessária.
9) Não ha duvida
que a forma confusa pela qual se deram
as desvalorização complicaram a situação. Paises que ainda estavam no padrão
ouro usaram medidas protecionistas como tarifas e quotas. Frequentemente estas
mediodas levavam a retaliação Produtores protegidos criaram interesses
politicos na manutençao do protecionismo. Retaliação tornou dificil cooperação
e coordenação de polítcas que reduzissem a depressao.
10)
Desvalorização não prevista encorajou a liquidação
de reservas internacionais. Conforme paises competiam por obter mais ouro para
suas reservas, pressões nos paises que ainda estavam no padrão ouro eram ainda
mairoes. Desvalorizações ordenadas teriam evitadoo isto. como a desvalorização
negociada pela frança em 36.
11)
Em ultima analise,
a questão é saber porque paises reulutaram tanto em abandonar o ouro e
perseguir politicas expansionistas mais agressivas. A pergunta leva a questões
anteriores- a importãncia da politica domestica e a herança duradoura dos
acontecimentos economicos dos anos 20; Em parte , decisoes diferentes refletiam
diferenças no equilibrio de poder entre
credores que se beneficiavam da deflação e devedores que sofriam com ela., ou
entre produtores de tradables ee de non tradables.Os trabalhadores eram
ambivalentes: podiam se mover entre os dois setores e duvidavam que a desvalorização pudese
aumentar o emprego.
12)
As decisões politicas refletiam tambem a experiencia
historica de cada pais. No caso da Alemanha, Austria, Huingria e Polonia a instabilidade de preços dos anos 20 levou a
hiperinflações. No caso da França, Belgica e Italia, embora a inflação não
tenha chegado a niveis comparaveis, a herança era a mesma. Oss policy makers e
o publico continuavam a ver no padrão ouro e estabilidadede preços como
sinonimos. E continuava a ver muito tempo depois de 29-31. Desvalorização e
inflação eram palavras intercambiaveis sem consciencia de que o seus
significado era diferente. A suspensão da conversibilidade levantava o especto
da explosão de preços.
13)
Ironia- inflação medo dominante na profundeza da
depressão quando o problema presente e real era a deflação. Por que o medo era
tão difuso sua importãncia não pode ser
exagerada.
14)
Estados Unidos, INglaterra e Suecia que nao havia
passado pela inflação dos anos 20 não viam desvalorização e inflação como
fenomenos semelhantes. Medo, sim, mas não fobia.
15)
Politicos alemaes e franceses eram obsecados com a
inflação porque levava a divisoes sociais mais profundas. Refletiam a
desintegração dos acordos anteriroes a guerra, sobre a distribuição de
renda ede carga tributaria.
16)
A inflação era sintomatica desta guerra fiscal de
atrtio. Quanto mais longos fossem os deficits fiscais, mais os publico receava
comprar dividia publica. O padrão ouro era o compromisso . Abandonalo siginifca
a ameaça de reabrir a disuputa e reabrir
a espiral inflacionaária.
17)
Dificuldade em distinguir desvalorização e inflação
não resultava de negligencia intelectual, mas do conjunto comum de pressoes
politicas que haviam gerado o fenomeno nas vesperas da guerra.
18)
A guerra de atrito era mais distrituvia e exercia
mais influencia inibidora nos paises onde o acordo anterior a guerra havia sido
mais desafiado, onde a propriedade havia sido mais destruida e onde as rendas
haviam sido mais radicalmente redistribuidas. precisamos de considerações
adicionais.
19)
As mais importantes considerações estrutrua da
insituições politicas – onde sistema eleitoral proporiconal prevalecia, era
mais facil que minorias obtivesem assento nos parlamentos. representando
insteresses minoritários e especiais. O governo era sempre por coalizaão. Mais
dificil equilibrar orçamento
20)
Paises com representação majoritaria, em contraste,
partidos menores nao tinha voz legislativa. Maiores perspectivas de conseguir
maioria legislativa e para posições moderadas que representassem maioria do
eleitorado. Mais facil aumentar impostos e reduzir transferencias para
minorias.
21)
Há uma correlação sugestiva entre crises
inflacionárias e representação proporcional. A Primeira Guerra é atribuida popularmente a nacionalismos
reprimidos e ao mal tratamento das minorias. Os arquitetos da estrutura
política de pós guerra criaram diversas naçoes a partir do antigo imperio
austro-hungaroe encorajaram a adoção da representação proporcional para dar voz
as minorias. A Alemanha de Weimar adotou o sistema proporcional. A França
modificou o sistem para adotar elementos de proporcionalidade. Estes paises
foram os que mais sofreram com a crise inflacionaria. Os Estados Unidos e o Reino Unido tinham sistema sleitorais
baseados em representação majoritária. Não é coincidência que nos anos 30,
França, Belgica, Polonia e Itália e Alemanha todos com representações
proporiconas sofreram mais com inflação nos anos 20, mantiveramo padrão ouro e
impuseram controle de cambio,mesmo depois que outros paises haviam abandonado o
padrão ouro.
22)
Paises com sitemas politicos que tiveram maior
dificuldade de chegaf a estabilidade política, tinha mais medo da inflação e
maiores dificuldades para responder a grande depressão.Mesmo paises como a
frança que mudou o sistema eleitoral para reduzir a importancia da
proporcionalidades, tinha medo de abandornar o padrão ouro. A memoria
histpóriaca oferecia a estrutura para interpretar os eventos economicos .
23)
Ouros autores notaram a tendencia de policy makers
usarem a historia como estrutura de referencia mesmo quando as condições
mudaram radicalmente. O ponto aqui é diferente. O publico continua a usar a
hjsitoria desta maneira. Isto da a policymakers racionais um incentivo para
agir na mesma direção.Um publico que tem medo de abandonar o padrão ouro porque
provocaria inflação pode vender seus
ativos finaneiros se isto ocorrer tornando tais receios selffullfilling.
Policy makers tem toda a razão em procedfer cautelosamente ao tomar decisões.
24)
Policy em geral e policy com respieto ao padrão ouro
em particular tiverm papel pivotal na Grande Depressão. Central no
começo da Grande Depresssão. E forma a chave da recuperação. Mas policy não é
formulada no vacuo. Policmakers vivem e moram num lugar e num tempo. A
experieincia historica- -primeiro com o padrão oujro clássico, depois com a
primeira grande guerra e finalmente com a inflação dos anos vinte, modlo suas
percepções e condiciiou suas ações com profundas implicações para os eventos
subsequentes.
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